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22.05.2025 05:59 PM
O Bitcoin vai chegar a US$ 120.000? O que está impulsionando a sua alta — e quando esperar uma correção

Em 22 de maio, o Bitcoin ultrapassou com firmeza o patamar de US$ 111.888, estabelecendo um novo recorde histórico em US$ 111.867. Diferentemente das altas anteriores, marcadas pela euforia dos investidores de varejo, o comportamento atual do mercado revela uma dinâmica distinta.

Cada vez mais, os participantes deixam de falar em frenesi especulativo para destacar uma mudança estrutural na forma como o Bitcoin é percebido no sistema financeiro global. A criptomoeda deixou de ser apenas um ativo em ascensão e começa a ser vista como um potencial ativo sistêmico dentro da economia mundial.

Investidores institucionais impulsionam a nova alta

Bolsas de opções, ETFs, empresas públicas e até bancos estatais estão canalizando capital para o Bitcoin de maneira coordenada. Mas o que está por trás dessa movimentação — e quais são os seus limites?

Mercado de opções: um reflexo das expectativas de Wall Street

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Um enorme aumento de interesse foi registrado na Deribit, o mercado de opções: o open interest em opções de BTC atingiu um recorde de US$ 42,5 bilhões. O CEO da Deribit, Luuk Strijers, afirmou abertamente que esse movimento é resultado da entrada de "dinheiro sério" de grandes players apostando na continuidade do crescimento.

Os contratos mais negociados são para preços de exercício de US$ 110 mil, US$ 120 mil e até US$ 300 mil, com vencimento no final de junho. Em outras palavras, os profissionais não apenas acreditam na tendência atual — estão apostando que ela vai durar até meados do verão.

Isso não é mera especulação de mercado: a situação na Deribit reflete uma confiança real no futuro do Bitcoin, expressa por players que estão investindo bilhões de dólares.

ETFs: uma revolução financeira em andamento

Mais importante do que o sentimento dos investidores é a infraestrutura que está canalizando capital para o criptoativo — e nada exemplifica isso melhor do que os ETFs de Bitcoin à vista. Só no dia 21 de maio, os ETFs de Bitcoin dos EUA registraram entradas líquidas de US$ 607 milhões, dos quais US$ 530 milhões foram destinados ao iShares Bitcoin Trust, da BlackRock. Nos últimos 11 dias: US$ 2,7 bilhões. No acumulado do ano: mais de US$ 42 bilhões.

Segundo a ETF Store e a Bloomberg, 26 dos últimos 27 dias de negociação registraram fluxos líquidos positivos. Nem mesmo os ETFs de ouro experimentaram esse ímpeto durante seus anos de maior valorização. O mercado não está apenas reagindo — está sendo transformado.

O IBIT, da BlackRock, agora detém 636.120 BTC — mais do que todos os seus concorrentes juntos. Seus investidores incluem fundos hedge, fundos de pensão, fundos soberanos (como o Mubadala) e corporações. Está surgindo uma nova dimensão: o Bitcoin não é mais apenas um ativo — está se tornando um componente central dos portfólios institucionais, com acesso direto por meio de estruturas familiares.

Empresas entram no jogo: balanços reforçados com ouro digital

Empresas de capital aberto estão cada vez mais envolvidas também. A Strategy e a Metaplanet já investiram quase US$ 1 bilhão. A Twenty One Capital está abrindo capital por meio de um acordo com a Cantor Fitzgerald e possui 42.000 BTC em seu balanço patrimonial. A Strive Asset Management e a Asset Entities estão criando a primeira entidade pública gerida por meio de reservas em Bitcoin, com um horizonte de investimento de até US$ 1 bilhão.

Até bancos estatais (como o Bpifrance, da França) e empresas da Índia, Brasil e Indonésia estão participando. A motivação é clara: proteção de ativos, valorização e independência em relação a moedas nacionais suscetíveis à inflação.

Macroeconomia: uma tempestade que impulsiona as velas do Bitcoin

Os mercados tradicionais estão alimentando ainda mais o avanço do Bitcoin. Os rendimentos dos títulos japoneses de 30 anos estão batendo recordes, alcançando 3,14%, mas a demanda está desaparecendo. Investidores japoneses — tradicionalmente grandes detentores da dívida dos EUA — podem em breve iniciar vendas em larga escala, pressionando os Treasuries e aprofundando os problemas de liquidez do dólar.

Ao mesmo tempo, o índice do dólar americano está em queda, e dados da CFTC mostram posições vendidas recordes contra a moeda. Isso é fundamental: investidores estão fugindo do dólar para ativos reais. Paralelamente, a oferta monetária global (M2) nos EUA, UE, China e Japão vem crescendo pelo segundo trimestre consecutivo. Historicamente, isso se correlaciona com a valorização do Bitcoin, com um atraso de 2 a 3 meses.

O Bitcoin está sendo cada vez mais visto como um novo ativo de refúgio. Em um mundo onde os títulos não oferecem rendimento e o dólar perde resiliência, essa criptomoeda de oferta limitada está surgindo como a nova "mina de ouro digital".

Investidores de varejo estão ficando de fora? Ótimo sinal!

A Santiment relata que, apesar da alta, a atividade social relacionada ao Bitcoin permanece em níveis típicos de "mercado de baixa". As buscas e discussões nas redes sociais são mínimas. Paradoxalmente, isso costuma acompanhar tendências de alta sustentadas — os especuladores estão fora, enquanto os grandes players acumulam silenciosamente.

Dados da Binance confirmam esse cenário. Segundo a CryptoQuant, a relação spot-futuros caiu para 4,9 — o nível mais baixo em 18 meses. Isso indica que os traders estão mais focados em especulações alavancadas de curto prazo do que em manter posições de longo prazo. Embora isso possa aumentar a volatilidade, não abala os fundamentos.

Lucros sem realização: o mercado segue firme

Outro sinal importante: os dados de lucro/prejuízo não realizado mostram que os lucros estão amplamente distribuídos, mas ninguém está com pressa para realizar ganhos. Esse é um forte indicativo de estabilidade de mercado — correções bruscas geralmente ocorrem após uma realização massiva de lucros por investidores de curto prazo, o que não está acontecendo agora.

Perspectiva de curto prazo (até o final de junho):

Alta probabilidade de atingir US$ 120.000, especialmente considerando os fluxos contínuos para ETFs e a ausência de vendas corretivas.

Aumento da volatilidade é provável, devido à dominância dos futuros. Recua para a faixa de US$ 105.000 a US$ 107.000 são possíveis, mas não críticos.

Perspectiva de longo prazo (até o final de 2025):

Se a atual acumulação institucional e o crescimento global da base monetária (M2) persistirem, a faixa de US$ 150.000 a US$ 180.000 parece realista.

Principais riscos: Regulação agressiva sobre ETFs. Decisões políticas do Federal Reserve. Potenciais crises de liquidez.

Ekaterina Kiseleva,
Especialista em análise na InstaForex
© 2007-2025
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