"China é uma adversária do mundo inteiro." Essa declaração, feita na noite de quarta-feira pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, evidencia a escalada das tensões envolvendo o país asiático. A polêmica se intensificou na última semana após a decisão de Pequim de endurecer os controles sobre a exportação de metais de terras raras. Ainda não está claro se essas "sanções" se aplicarão apenas aos EUA ou ao mercado global. Vale destacar que a China é líder mundial na produção desses metais. Segundo Trump e Bessent, isso confere a Pequim o poder de manter a economia global como refém.
Bessent afirmou que o endurecimento dos controles de exportação de terras raras não constitui uma resposta proporcional às ações dos EUA, mas sim um ato de coerção econômica com impacto global. Em sua visão, Pequim está usando uma retórica hostil que pode forçar economias globais a romper vínculos com a China. Embora Bessent tenha enfatizado que nem os EUA nem o resto do mundo desejem tal ruptura, os sinais vindos de Pequim parecem empurrar a comunidade internacional justamente nessa direção.
O secretário também criticou o representante chinês Li Chengang, acusando-o de demonstrar desrespeito durante uma visita a Washington ao emitir ameaças de caos global. Curiosamente, Bessent optou por não comentar os próprios planos da administração norte-americana de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses — percentual que, segundo algumas fontes, poderia chegar a 500% caso a China não abandone sua política de controle reforçado das exportações.
Fica claro que Washington desaprova fortemente táticas de reciprocidade. Enquanto nem Trump nem Bessent hesitam em impor tarifas sobre metade do mundo, a reação muda completamente quando outros países adotam suas próprias medidas restritivas. A preocupação da Casa Branca é compreensível: os metais de terras raras são essenciais para a produção de praticamente todos os produtos tecnológicos. A eletrônica moderna e até muitas categorias de equipamentos militares dependem desses materiais.
Analistas políticos acreditam que a ação da China é uma preparação estratégica para as negociações de alto nível agendadas para novembro entre Donald Trump e Xi Jinping. Pequim busca reforçar sua posição nas negociações para evitar o que considera tarifas punitivas. É preciso reconhecer que a China tem um poder de negociação tão forte quanto o dos Estados Unidos. Também vale ressaltar que Bessent falou em nome de "todo o mundo", embora nenhum outro país tenha se pronunciado oficialmente sobre as possíveis restrições à exportação impostas por Pequim. Os EUA continuam na tentativa de reunir aliados globais em sua posição contra a China.
Estrutura de onda do EUR/USD:
Com base na análise atual de ondas do EUR/USD, o par continua formando um segmento de tendência de alta. A evolução das ondas permanece totalmente dependente do cenário de notícias, especialmente dos desdobramentos relacionados às decisões de Trump e à política interna e externa da atual administração dos EUA. Os alvos para o segmento de tendência atual podem se estender até a região de 1,2500. No momento, parece que estamos presenciando a conclusão da onda corretiva 4, que é complexa e prolongada. Por esse motivo, continuo considerando apenas posições de compra no curto prazo. Até o final do ano, espero que o euro atinja o nível de 1,2245, correspondente à extensão de 200,0% de Fibonacci.
Estrutura de onda para o GBP/USD:
A configuração de ondas do GBP/USD mudou. Ainda estamos dentro de um segmento de tendência impulsiva de alta, embora sua estrutura interna esteja se tornando cada vez mais complexa. A onda 4 está assumindo uma forma corretiva complicada de três ondas e é significativamente mais extensa que a onda 2. Atualmente, provavelmente estamos na formação de outro padrão corretivo de três ondas, que pode ser concluído em breve. Se essa hipótese se confirmar, o par poderá retomar a tendência de alta dentro da estrutura de ondas mais ampla, com metas iniciais na faixa de 1,3800 a 1,4000.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Padrões complexos são mais difíceis de negociar e mais propensos a mudanças.
- Se não houver uma compreensão clara da dinâmica do mercado, é melhor ficar fora.
- A certeza absoluta sobre a direção do mercado é impossível. Sempre use ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode e deve ser combinada com outras formas de análise de mercado e estratégias de negociação.
