A estrutura de ondas do par GBP/USD continua apontando para a formação de um impulso de alta. O padrão é praticamente idêntico ao do par EUR/USD, já que o dólar americano segue sendo o principal motor do mercado. A demanda pela moeda norte-americana tem diminuído de forma geral, o que explica o comportamento semelhante entre diversos pares de moedas.
Atualmente, a onda 2 dentro dessa tendência de alta assumiu a forma de uma única onda. Já na possível onda 3, podemos identificar as ondas internas 1, 2, 3, 4 e, presumivelmente, a 5. Com isso, essa sequência parece concluída, e o mercado começa a entrar agora em uma fase de correção.
Vale lembrar que, no momento, grande parte do que ocorre no mercado cambial está profundamente ligado às políticas de Donald Trump — não apenas no âmbito comercial. Apesar de, eventualmente, os Estados Unidos divulgarem indicadores econômicos positivos, o mercado continua concentrado na incerteza mais ampla, nos movimentos e declarações muitas vezes contraditórias de Trump e no tom protecionista da Casa Branca. Diante disso, o dólar precisa superar tais obstáculos para conseguir se beneficiar mesmo em cenários de bons dados econômicos.
Nesta terça-feira, o par GBP/USD registrou mais uma leve queda. A demanda pelo dólar americano aumentou na última semana, resultando em uma valorização de cerca de 200 pontos-base, movimento que ainda é considerado de magnitude moderada. No entanto, a maioria dos gráficos continua apontando para uma tendência de alta de longo prazo, já em vigor há quase seis meses. As recentes quedas parecem estar inseridas em uma estrutura corretiva dentro desse movimento de alta. Tais correções tendem a ser limitadas em força e duração. Em situações em que se esperaria uma correção em três ondas, muitas vezes vemos apenas uma onda ocorrer. Mesmo dados econômicos sólidos divulgados pelos EUA, como os da semana passada, não têm se traduzido em uma valorização consistente do dólar.
Assim, na minha visão, o cenário atual do mercado está bastante claro. Conforme destaquei em análises anteriores, a estrutura de ondas segue sendo o principal elemento a oferecer suporte para o dólar. Temos um padrão bem definido de cinco ondas ascendentes, o que, tecnicamente, seria seguido por uma correção em três ondas. No entanto, há a possibilidade de que, em vez das três ondas previstas, vejamos apenas uma correção isolada. Ainda assim, é essa contagem de ondas que fundamenta a expectativa de uma retração no curto prazo.
Nem segunda nem terça-feira trouxeram fundamentos que justificassem uma valorização significativa do dólar. Durante o fim de semana, foi noticiado que Donald Trump começou a enviar comunicados sobre novas tarifas, e, na segunda-feira, o presidente dos EUA anunciou aumentos tarifários sobre 15 países. É improvável que este tenha sido o último ajuste, já que, até o momento, apenas 3 dos 75 países conseguiram firmar acordos comerciais com Washington. É difícil imaginar Trump simplesmente desistindo das negociações com os demais. Dessa forma, não havia motivos fundamentais para uma alta expressiva do dólar no início desta semana. O movimento que estamos observando parece ser, essencialmente, uma correção técnica, em linha com a contagem da estrutura de ondas.
Conclusões
O padrão de onda para o GBP/USD permanece inalterado. Ele continua a refletir um segmento de impulso de alta. Sob o comando de Donald Trump, os mercados ainda podem enfrentar muitos choques e reversões que podem afetar significativamente o padrão de onda, mas, por enquanto, o cenário principal permanece intacto. Os alvos para a atual tendência de alta estão localizadas perto de 1,4017, o que corresponde à extensão de Fibonacci de 261,8% da suposta onda global 2. É provável que uma sequência de ondas corretivas tenha começado, portanto, é aconselhável aguardar sua conclusão antes de abrir novas posições de compra. Classicamente, essa estrutura deve consistir em três ondas.
Princípios fundamentais de minha análise:
- As estruturas de onda devem ser simples e claras. Padrões complexos são difíceis de negociar e, muitas vezes, estão sujeitos a revisões.
- Se não houver uma compreensão clara da situação do mercado, é melhor ficar de fora.
- Nunca é possível ter certeza absoluta sobre a direção do movimento. Sempre use ordens de proteção Stop Loss.
- A análise de ondas pode ser combinada com outras formas de análise e estratégias de negociação.